Soluções baseadas em Inteligência Artificial aceleram o diagnóstico.

A pandemia da COVID-19, exacerbou diversas problemáticas existentes nos sistemas de saúde do Brasil e do mundo. Isso, é comprovado quando alguns estudiosos da área associam as três grandes ondas da pandemia a problemas para detecção da doença, falta de insumos, e novas variantes circulando, respectivamente, sendo que todos esses problemas estão diretamente relacionados a falta de dados e desorganização das informações. Por outro lado, essa mesma crise pandêmica que sobrecarregou os serviços de saúde, gerou maior visibilidade e investimentos para Inteligência Artificial (IA) na área médica.

Observa-se, primeiramente, como principal objetivo da inteligência artificial, que todas as práticas vigentes tenham o intuito de possibilitar que máquinas aprendam com experiências e se ajustem a novas entradas de dados e realizem tarefas como seres humanos. O primeiro grande avanço, que teve maior alcance na pandemia, foi a telemedicina que serviu, indispensavelmente, como triagem para os casos de covid e evitou maior exposição, tanto dos médicos quanto dos pacientes que teriam que esperar em salas aglomeradas de um hospital. Além do uso para um possível diagnostico de COVID-19, as pessoas começaram a usar a telemedicina para consultas de rotina, que além da praticidade para o médico e para o paciente, gerou a diminuição dos custos de diversos sistemas de saúde, como ocorreu no Reino Unido, onde o National Health Service (NHS) teve uma brusca redução nos gastos e conseguiu maior alcance dos pacientes com as consultas remotas de curta duração e alta precisão médica. Em relação a permanência dessa prática dos pacientes para consultas simples, há uma boa perspectiva no Brasil, 81% das pessoas, segundo a revista MIT Tecnology Review, que se consultaram por telemedicina durante o isolamento social, continuarão utilizando desse serviço que possui, ainda, um enorme potencial para se desenvolver no país.

Uma outra possibilidade, que envolve um nível de inteligência artificial mais avançado, é a geração de robôs projetados para liberar o médico de papelada desnecessária e visitas ao consultório, além de reduzir o tempo que se tem de espera por uma orientação médica. Ao contrário do autodiagnostico, os aplicativos de IA como o Babylon Health- provedor de assistência médica digital com sede em Londres- que submete o paciente a uma triagem de nível clinico. Este, usa o processamento de linguagem para permitir que os usuários descrevam seus sintomas de forma casual e logo após, utiliza sistemas especializados em minerar enormes bancos de dados médicos e machine learning para encadear correlações entre sintoma e quadro, podendo prescrever medicamentos em casos leves ou solicitar consulta para coletar uma opinião humana para investigação do caso.

 Outras formas de uso de IA na área da saúde envolve o Big data e algoritmos, que são combinados ao prontuário eletrônico do paciente (PEP), e avaliam uma série de componentes de seu histórico de saúde identificando riscos e ajudando a formular terapias personalizadas. A IA também reúne e compara uma infinidade de imagens, construindo bancos de dados completos para dar suporte no diagnóstico. Todos esses fatores, evitam que o médico perca um tempo precioso para organizar informações e relacionar dados no diagnóstico de doenças que, muitas vezes, precisam de uma conclusão rápida como câncer e patologias crônicas.

 Os dados da Accenture estimam que o mercado mundial voltado à assistência médica com o suporte da IA ultrapasse os US$ 7 bilhõesnos próximos anos. Entre os investimentos, destaque para a contratação de softwares, de hardwares e de serviços de suporte em todo o planeta. Já um levantamento realizado pelo Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) aponta que IA e machine learning (aprendizado das máquinas) serão as principais tecnologias utilizadas. A pesquisa coloca a saúde como o segundo setor mais impactadopor elas, sendo citado por 18% dos respondentes. O segmento ficou atrás somente de manufatura, com 19%. Ainda segundo o estudo do IEEE, 16% dos Chief Information Officers (CIOs) e Chief Technology Officers (CTOs) ouvidos apoiam o uso de robôs em cuidados hospitalares com o monitoramento de pacientes e a emissão de alertas em caso de irregularidades. Vale lembrar que as cirurgias realizadas a distância já são uma revolução em andamento. Portanto, as aplicações da inteligência artificial na medicina vêm revolucionando a oferta de serviços nessa área. Acima de tudo, há vantagens importantes, como a organização dos dados, cirurgias minimamente invasivas e diagnósticos mais precisos. Desde que respeitados os princípios éticos, essa tecnologia tem tudo para acrescentar uma série de benefícios aos pacientes, médicos e unidades de saúde.

As tecnologias de aprendizado de máquina e soluções de IA têm o potencial de melhorar a acessibilidade aos cuidados de saúde. H2O.ai capacita o setor privado, o setor público e organizações sem fins lucrativos que atendem pacientes e consumidores a resolver uma variedade de casos de uso em saúde e ciências da vida.

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